Diabetes: tipos, sintomas e tratamento
O Diabetes, ou Diabetes Mellitos (DM), é uma doença crônica e autoimune, caracterizada pela deficiência de insulina no organismo, na qual o corpo não produz insulina ou não consegue absorver adequadamente a insulina que produz. Esse distúrbio está relacionado ao metabolismo da glicose e ocorre quando há acúmulo de glicose no sangue (hiperglicemia), podendo se manifestar de diferentes maneiras. As formas mais comuns são o tipo 1 e o tipo 2, mas há outras manifestação, como o diabetes gestacional e o pré-diabetes. Continue a leitura para entender as diferenças!
O que é Diabetes Tipo 1?
O Diabetes Tipo 1 está relacionado a falência de células beta no pâncreas, devido a uma falha no sistema imunológico, acometendo, com mais frequência, crianças e adolescentes, mas pode ser diagnosticado também em adultos. Como consequência, a glicose permanece no sangue ao invés de ser utilizada como energia, sendo necessária, portanto, uma intervenção com insulina e medicamentos, além de cuidados com a alimentação e práticas de atividades físicas, que contribuem para o controle da glicose no sangue. Os sintomas costumam aparecer ainda na fase inicial, sendo mais comum apresentar sede, fome excessiva, necessidade de urinar com mais frequência, emagrecimento, fraqueza e indisposição. Se não houver a adoção cuidados e tratamento, esse quadro pode evoluir para desidratação severa, vômitos, dificuldades respiratórias e até mesmo ao coma.
O que é Diabetes Tipo 2?
O Diabetes Tipo 2 é mais comum de ser diagnosticado e a sua principal característica é a resistência à ação da insulina, ou seja, o organismo não absorve adequadamente a insulina produzida ou não produz insulina suficiente para controlar o nível de glicemia. Essa variedade se apresenta geralmente na vida adulta, mas crianças também podem ser acometidas. A sua principal causa é a obesidade e, dependendo da gravidade, o Diabetes Tipo 2 pode ser controlado com planejamento alimentar e atividades físicas. No entanto, alguns casos podem exigir o tratamento com insulina e/ou medicamentos que ajudam no controle da glicose. Os sintomas ocorrem de maneira mais lenta e podem levar alguns anos para se manifestar. Entre os sintomas mais característicos estão: sede, dores nas pernas, aumento no volume de urina e alterações visuais. Assim como o Diabetes Tipo 1, essa manifestação do diabetes também poderá evoluir para complicações mais graves. Dessa forma, é importante ter consciência dos riscos e buscar orientação médica para um melhor controle da doença.
Diabetes Gestacional
Durante a gestação, a mulher passa por mudanças no seu equilíbrio hormonal, condição que reduz a ação da insulina no organismo. Para suprir essa falta, o pâncreas aumenta a produção de insulina. Entretanto, em alguns casos, essa reposição não ocorre e o nível de glicose no sangue aumenta, resultando assim, em diabetes gestacional. Como consequência, o bebê é exposto a grandes quantidades de glicose, podendo ocasionar crescimento excessivo, partos traumáticos, hipoglicemia neonatal e, até mesmo, obesidade e diabetes na vida adulta. Por isso, recomenda-se que todas as gestantes, a partir da 24° semana de gestação, realizem o teste de glicose em jejum e a pesquisa de glicemia após a ingestão de glicose. Além disso, após o término da gravidez, a paciente deve ser investigada e acompanhada. Alguns fatores podem influenciar o desenvolvimento do Diabetes Gestacional, como:
- Gestante com idade avançada;
- Ganho excessivo de peso durante a gestação;
- Presença da Síndrome de ovários policísticos;
- Histórico familiar de Diabetes Gestacional;
- Hipertensão Arterial na gravidez;
- Gestação múltipla.
Pré-Diabetes
O termo Pré-diabetes caracteriza o grupo de pessoas obesas, hipertensas e/ou que possuem alterações nos lipídios, as quais possuem os níveis de glicose acima do normal e, devido a isso, apresentam altas chances de desenvolver o diabetes, mas não o suficiente para diagnosticar essa condição. Assim, apesar de representar um risco de evolução para o diabetes e suas complicações, o Pré-diabetes é um estágio que pode ser revertido e permite retardar o desenvolvimento da doença. Diante disso, é importante manter uma dieta saudável, controlar o peso corporal e realizar exercícios regulares. Esses cuidados reduzem de maneira significativa as chances de complicações, como ataques cardíacos e derrames.
Após receber o diagnóstico de pré-diabético ou uma das formas de Diabetes, é importante que o paciente realize acompanhamento médico regularmente e siga corretamente as orientações médicas.
No Centro Médico Especializado contamos com o atendimento do médico Endocrinologista, que irá te acompanhar e ajudar nesse processo. Agende hoje mesmo a sua consulta!
Dr. Lineu D. Carleto Junior – CRM: 18.680 | Endocrinologista – RQE: 13.589
Dr. Maycon Tadey Flores – CRM: 34.099 | Endocrinologista – RQE: 24.820
REFERÊNCIAS:
Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. Diabetes. São Paulo: SBEM, 2010.
Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. O que é Diabetes? São Paulo: SBEM, 2007.
Sociedade Brasileira de Diabetes. Tópicos Relevantes em Diabetes. SBD: São Paulo (SP).